Em São Paulo a festa pelo Dia do Trabalho reuniu milhares de pessoas na
zona norte da cidade na terça-feira (1º). Com atrações musicais e
sorteios de carros e até um caminhão com prêmios --incluindo eletrodomésticos e
brinquedos--, a estimativa da Polícia Militar no local é que 50 mil pessoas
acompanhavam o evento por volta das 15h45.
O ato, que acontece na praça Campo de Bagatelle e é
organizado por diversas centrais sindicais, teve a presença de políticos mais
cedo. Entre ele, o novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, anunciado ontem
pelo governo.
Entre as atrações musicais que eram esperadas no evento
estão shows de Paula Fernandes, Eduardo Costa, Marcos Belutti, Edson &
Hudson, João Netto & Frederico, Léo Magalhães, KLB, Daniel, Cesar Menotti
& Fabiano, Latino, Inimigos da HP e Padre Alessandro Campos. O evento vai
até as 18h.
No Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, a CUT (Central
Única dos Trabalhadores) também celebrou o Dia do Trabalho com atrações
musicais, entre eles, a cantora Elba Ramalho e Belo.
Em Brasilí0a o povo lotou a esplanada dos ministérios e em Santa Catarina um
i0menso churrasco foi preparado para festejar a data.
As comemorações 1º MAIO do Dia do Trabalho foram marcadas por protestos em várias cidades do
mundo contra as medidas de combate à crise econômica internacional.
Na França, a cinco dias do segundo turno das eleições
presidenciais, a campanha política domina as comemorações. Na Grécia, as
celebrações do 1° de Maio coincidem com uma paralisação geral que conta com a
participação de funcionários públicos e privados de vários setores.(FOTOS GOOGLE)
Só na França, as entidades sindicais programaram 280
protestos em várias cidades do país, além de Paris. Os sindicatos franceses
prometem que não haverá mensagens políticas durante os protestos.
As comemorações do Dia do Trabalho deste ano ocorrem no momento
em que vários governos tentam adotar pacotes de austeridade, que atingem boa
parte da população. Os trabalhadores da Espanha, de Portugal, da Grécia e da
Irlanda temem o aumento do desemprego e perdas de benefícios sociais.
Protestos foram organizados
ao longo do dia na Espanha, em Portugal e na Grécia - países que vivem uma
grave crise fiscal e que tentam implementar pacotes de austeridade. Os
espanhóis prometem manifestações em 60 cidades. Em Atenas, capital grega, o
protesto popular foi convocado por entidades sindicais ligadas aos
trabalhadores em greve.
Ônibus, trens e metrôs da capital grega não funcionarão
hoje, enquanto os trabalhadores de barcas e navios da Grécia, fundamentais para
o turismo do país, cruzam os braços por quatro horas. Profissionais da área de
saúde pretendem trabalham com o mínimo de suas equipes nos hospitais públicos e
privados. Na Grécia, os protestos ocorrem a cinco dias das eleições.
Na Rússia, o presidente eleito, Vladimir Putin, e o atual
presidente, Dmitri Medvedev, participaram de um ato público em comemoração ao
Dia do Trabalho. Em uma semana, Putin assume o governo em meio a controvérsias
envolvendo sua eleição, sob suspeitas de irregularidades.
Em Havana, capital de Cuba, a celebração do Dia do Trabalho
é uma das mais importantes do ano para o governo comunista. Em Istambul, na
Turquia, manifestantes, representando diferentes tendências políticas, também
foram às ruas. Segundo autoridades do país, 20 mil policiais foram mobilizados
para garantir a segurança na Praça Taksim, a mais importante da cidade.
Até 2010, protestos na Turquia eram proibidos. Na Praça
Taksim, em 1° de maio de 1977, houve mortes e feridos durante um protesto
considerado ilegal, que descambou para um confronto entre manifestantes e
policiais.
Em Jacarta, na Indonésia, cerca de 9 mil manifestantes foram
às ruas reivindicar aumento de salários. A Indonésia é o quarto país mais
populoso do mundo, registrando uma das maiores taxas de crescimento econômico
do planeta, mas metade da população ainda vive abaixo da linha da pobreza.
Passeatas também foram registradas no Timor Leste, nas Filipinas e em Hong Kong.
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